Eu sou muitas dentro de um só corpo

Há já algum tempo me ia debatendo com uma espécie de cisão dentro de mim no que diz respeito ao meu servir. Ora oscilava entre Mandalas/Arte intuitiva e terapêutica, ora entre alguém que está ao serviço do Sagrado Feminino.

Não deixa de ser interessante eu me desnudar constantemente de caixas e caixinhas a vários níveis e, a tantos outros, querer colocar-me dentro de uma. Ainda para mais não vendo o óbvio: Arte é puro Sagrado Feminino. A expressão está ao seu serviço!

O caminho do autoconhecimento é cheio de surpresas e armadilhas internas que colocamos a nós mesmos. Quanta ilusão carregamos?

No passado deixei a pretensão de achar que possuo qualquer certeza, não fosse eu cíclica por natureza. A única coisa que tenho como garantida é que conhecer-me é sinónimo de desnudar-me, desaprender, desformatar…

O Sagrado Feminino foi-me aberto pela própria Arte, mais especificamente pelas Mandalas. Ao mesmo tempo, ao mergulhar nas minhas entranhas, no meu pântano interno, no meu sangue sagrado e sua medicina e nos elementos da Grande Mãe Terra, foi-me sendo revelada mais e mais Arte.

Desde o início do meu processo, tenho vindo a partilhar os frutos do meu trabalho interno com o Mundo. E tem sido um crescimento muito prazeroso o que temos experienciado mão com mão, útero com útero. O meu servir existe porque o tenho trilhado com quem sente de comigo caminhar. 

Ontem, o Maridão falava-me da diferença brutal que irradio em termos de segurança e firmeza, em comparação com a Menina frágil e insegura em busca de um salvador externo, lá atrás. Disse-mo enquanto reconheceu o enorme valor de tudo o que fui lendo e todas as formações que fui fazendo ao longo do tempo. Algo se surpreendeu em mim, confesso…

Hoje, em conversa com uma Irmã falávamos acerca do mesmo tema. Crescemos! Quanto crescemos! E foi, sim, muito graças a cada formação, leitura e mergulhar individual e em Tribo que fomos fazendo!

Com estas conversas, veio a validação gigante de que é para continuar. O caminho do autoconhecimento é eterno e permanente. E o mergulho é a solo e em Tribo, sim! Ela pode ir variando. Os temas também. Mas não tem como caminharmos sozinhos, fechados no nosso quadrado estreito e carregado de ilusão. Precisamos de nos ver de fora, espelhados em cada personagem que a Vida nos coloca à frente. Quer no dia-a-dia, quer nos grupos de estudo e desenvolvimento humano.

Em maio, abrirei nova viagem para o coletivo feminino. O mote é a nutrição. O mergulho será subtil e profundo, como sempre! Cheio de acolhimento, num espaço seguro e profundamente amoroso, como amo cultivar. 

Toda a informação aqui: Círculos Nutrição no Feminino

Abraço profundo,

Cíntia Borges

4 comentários sobre “Eu sou muitas dentro de um só corpo

  1. Alice Baptista

    Seja onde for, adoro ler o que escreves e, cada vez que leio há sempre algo que achei não ter lido. Mas tem mais , gosto tanto, tanto de te ouvir.
    Privilégio o meu de te ter encontrado nesta vida.

    1. Cintia Borges

      🌹

  2. Alice Baptista

    Seja onde for, adoro ler o que escreves e, cada vez que leio há sempre algo que achei não ter lido. Mas tem mais , gosto tanto, tanto de te ouvir.
    Privilégio o meu de te ter encontrado nesta vida.
    E agora dizem-me que o comentário está duplicado,quer dizer que já disse isto 😂

    1. Cintia Borges

      Privilégio o meu
      Privilégio o meu
      Privilégio o meeeeeeeu

      Abraço gigante, Mana ❤️

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