O Baby nasceu há pouco mais de um ano.
Com Ele, uma chuva infinita de bênçãos.
A mais velha foi Filha (quase) única durante 9 anos.
Tantas bênçãos vivemos a 3!
Sou uma Mulher intensa. Quando me dedico a algo, vou com tudo! Assim foi ao longo de 9 anos. Eu para e por Ela.
Com a chegada do Baby, a intensidade fez-se sentir. Queria dedicar-me a 100% à nova viva que habitava o meu colo. É animal, visceral, humano. O cheiro, o toque, a energia convidam à conexão profunda. Viciam, diria eu!
Partilhei há tempos nas redes sociais que passei pela Mom Rage. Então, toda a intensidade se misturava com uma raiva gigante pelo meio. Foi muito desafiante gerir o furacão interno.
A dada altura, olhei para dentro e senti que me estava a afastar, de algum modo, da conexão profundíssima que sempre tivera com a mais velha. Precisava de criar momentos só nossos, momentos que nos expandissem a ambas.
Sempre segui as suas paixões. A verdade é que, desde o nascimento do Mano, a única paixão que lhe reconhecia era Ele. Tudo passara a girar em torno dele. Tinha a sensação de que o Seu próprio centro tinha sido transferido para aquele que agora também alegrava as nossas vidas.
Num momento em que não tinha a mínima noção de como faria o processo de a conduzir novamente ao Seu centro, agarrei-me à Arte. A expressão era mesmo essa: agarrar-me à Arte!
Assim, comecei a convidá-la a criar, propondo atividades cheias de cor focadas no processo criativo: a chamada process art.
Por vezes, resistia. Eu desistia. Com o tempo, resolvi começar eu a criar as propostas que lhe ia fazendo. Olhava para o que eu estava a fazer e apaixonava-se, ao ponto de se juntar sempre a mim.
Com o tempo, sem nada planear, começámos a criar um ritual belíssimo entre ambas. Estamos a redescrobrir-nos, a recriar-nos, a reconectar-nos de uma forma muito bonita, expansiva e prazerosa.
Olho para dentro e percebo o que a Arte me quis mostrar ao longo de todo este processo: não sou mais mãe de uma Criança. Sou mãe de uma pré-adolescente. Estou a aprender a sê-lo. E está a ser delicioso ser conduzida pelo coração neste crescimento do meu primeiro rebento.
Agora, ao escrever, percebo que nada tinha a ver com o Baby.
Sempre fora sobre uma nova fase das nossas vidas: o início do voo da minha Filha!
Obrigada por me leres!
Abraço-Te,
Cíntia Borges
PS: Aqui fica uma sugestão de materiais de artes para explorares com as Crianças da Tua Vida!
Maravilhoso meu amor… amei ler esta experiência e mais uma vez me identifiquei totalmente, tiranto a parte do mais velho ainda nao estar na pre adolescência mas entrou nos 7 e também houve um desapego… grata pela sugestão!!! Esqueço muito desse resgate que a arte nos trás e de encontrar tempo para ela e para mim… um abraço de alma!!!!
Mana Amor,
Que bom sentir-te por aqui.
Estamos praticamente com a mesma duração deste pós-parto.
É bom sentir que nos vemos!!!!!
Beijo na Família!!!!!
Cíntia